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Como se fosse a primeira vez

"Para Sempre", história real de mulher que perde a memória após casamento, é fenômeno em livro e nos cinemas

Divulgação
Channing Tatum e Rachel McAdams em "Para Sempre"
Channing Tatum e Rachel McAdams em "Para Sempre"

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Um filme de amor baseado num best-seller que relata um caso real -com drama, romance e superação- chega aos cinemas brasileiros às vésperas do Dia dos Namorados.

"Para Sempre", fenômeno nos países onde estreou, entra hoje em cartaz numa estratégia de marketing criada para contornar um resultado ruim.

A trajetória desse sucesso começou em 1993, quando o casal de norte-americanos Kim e Krickitt Carpenter sofreu um acidente de carro, que apagou dois anos da memória de Krickitt.

Começou aí a cruzada de Kim, seu marido, para ajudá-la a reconstruir as lembranças perdidas. Os esforços renderam o livro "Para Sempre", que remonta todo o romance.

Após o contrato com uma editora, venderam os direitos para Hollywood. O filme, no entanto, demorou 16 anos para ser feito. Foi lançado em fevereiro de 2012, mês do Dia dos Namorados americano, o Valentine's Day.

Acumulou, desde então, US$ 125 milhões (R$ 252 milhões) nos EUA, após US$ 30 milhões (R$ 61 milhões) de gastos com a produção.

Nas telas, no entanto, o roteiro ganhou vida própria, distanciando-se dos relatos do livro de Kim -que figurou na lista de mais vendidos do "The New York Times" e, no Brasil, vendeu 50 mil cópias desde seu lançamento, em março deste ano.

No longa, o casal é interpretado por Channing Tatum e Rachel McAdams.

"Seria impossível resumir 19 anos em 104 minutos", diz Kim à Folha, por telefone, do Novo México, onde vive.

Na trama, Paige é uma artista alternativa e liberal. A Krickitt da vida real é retraída e religiosa: pede a ajuda de Deus para tomar decisões.

"Não ter essa fé no filme foi uma das nossas maiores frustrações", desabafa Kim. "Por outro lado, atingimos cem vezes mais pessoas do que uma produção cristã de hoje."

"Fomos criticados pela comunidade cristã da qual fazemos parte. Mas, quando você vende direitos, aceita os riscos", conforma-se.

Compartilhar a própria história com tamanha audiência, no entanto, parece ser a missão do casal. Foram 216 entrevistas desde fevereiro, numa turnê que passou por todo o território americano. "É uma bênção podermos dividir essa experiência com tanta gente."

Os anos que se apagaram da memória de Krickitt nunca mais voltaram. Nem com livro nem com filme. Ela diz ter "se acostumado". "Hoje temos aplicativos no celular para nos lembrar das coisas. Deixei as lembranças perdidas para trás. E decidi seguir em frente!"

PARA SEMPRE
AUTORES Kim e Krickitt Carpenter
EDITORA Novo Conceito
TRADUÇÃO Ivar Panazzolo Júnior
QUANTO R$ 24,90 (144 págs.)

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