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'Nova lei fará indústria ser mais forte', diz Meirelles DE SÃO PAULOFernando Meirelles, sócio da O2 Filmes, uma das maiores produtoras independentes do país, se mostra entusiasmado com a nova lei da TV paga. Leia trechos de sua entrevista à Folha.(APJ) Folha - A demanda por conteúdo nacional já aumentou com a nova lei da TV paga? Fernando Meirelles - No ato e imediatamente [risos]. Tivemos solicitações de praticamente todos os canais a cabo. Mandamos e-mail para todos os colaboradores da casa. De 54 projetos que vieram deles, selecionamos 32 e apresentamos para algumas emissoras na virada do ano. Era necessária a criação da lei para fomentar o mercado? Certamente. A maioria das emissoras de TV a cabo é filial de matrizes americanas. Para elas, é mais conveniente pegar um produto que é bom e está pronto, dublar ou legendar e exibir sem custo. O que muda com a lei? As TVs são obrigadas a usar parte do seu faturamento em produção local. Essa lei vai ter o mesmo impacto que a Lei do Audiovisual [criada em 1993] teve no cinema. O Brasil fazia seis filmes por ano, veio a nova regra e, só em 2011, fizemos 105 longas. Foi a década de montagem da indústria. Não tenho dúvida de que, com a nova lei da TV paga, em dez anos vamos ter uma geração de programas muito mais forte. Como os diretores de canais a cabo reagiram? Conversei com alguns executivos. É claro que teve um momento de reclamação, mas todos estão confiantes e, acho eu, muito mais estimulados a produzir. O público quer ver os artistas brasileiros na TV paga? Sim, mas não só isso. Tem o interesse de ver o próprio país. As maiores audiências da TV a cabo são de programas brasileiros. É uma situação boa para todo mundo: incentiva o mercado, cria cultura e a produção e as TVs ganham mais audiência. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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