Internets

Superhacker desce a lenha no Brasil

Esteve no Brasil, há pouco, Chris Soghoian, um dos mais famosos hackers globais. Ele costuma ser chamado de "a peste que envergonha empresas". Sua especialidade é descobrir falhas de segurança e desrespeitos à privacidade, tornando-os públicos.

Por exemplo, ele expôs que o Google não usava criptografia em muitos dos seus serviços (aquele cadeado que aparece no navegador). Com isso, alguém navegando em rede sem fio (no aeroporto ou em um café) poderia ter sua conta roubada e seus dados monitorados. A estratégia deu certo. O Google adotou a criptografia, fechando a porta que estava aberta.

Em sua passagem pelo Brasil, o hacker escolheu alvos diferentes. Reclamou que não conseguiu comprar um cartão de celular no país (as lojas exigem identidade, CPF e comprovante de endereço).

Com isso, esbravejou: "Como um país onde haverá Copa e Olimpíada não permite que estrangeiros comprem chips de celular?".

E voltou as baterias para a mídia tradicional. Sites de notícia têm acordos com empresas que coletam e monitoram os dados dos visitantes (como os botões do Facebook que aparecem junto a textos).

O problema é que o leitor não sabe que seus dados estão sendo colhidos por terceiros. Acham que estão visitando só o site de um jornal, mas estão acessando também outras empresas e mandando seus dados para elas.

Soghoian perguntou: qual é a responsabilidade dos sites de mídia em avisar claramente sobre esse monitoramento aos leitores? Quando a "peste" pergunta, é bom ir pensando na resposta.

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