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"De Pernas pro Ar" ganha continuação em Nova York

Maior bilheteria nacional em 2011, longa com atriz Ingrid Guimarães vai mostrar "conquista da América"

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

Com foco suavizado na sexualidade e aposta na construção de franquias nacionais de sucesso, o diretor Roberto Santucci filma em Nova York a sequência de "De Pernas pro Ar", longa estrelado pela atriz Ingrid Guimarães que foi a maior bilheteria nacional de 2011.

"De Pernas pro Ar 2" tem orçamento de R$ 6 milhões, 20% mais do que o anterior.

O segundo filme começa quando Alice (Ingrid Guimarães) inaugura seu centésimo sex shop e procura investidores para lançar seu negócio em Nova York.

Depois de uma crise de estresse e uma passada por um spa no Rio, onde conhece um workaholic interpretado por Eriberto Leão, viaja para a metrópole americana com marido, babá e o filho.

Ali flerta com o galã viciado em trabalho e foge dos passeios turísticos em família para acertar os detalhes da construção de um sex shop brasileiro na Grande Maçã.

Se no longa anterior o mote era a procura pelo prazer sexual, neste o foco é a dificuldade em harmonizar carreira com casamento e filhos.

Para a protagonista, a expressiva bilheteria do primeiro filme só aconteceu porque o prazer foi discutido no âmbito da família. "O brasileiro é conservador", diz a atriz.

"De Pernas pro Ar" teve 3,6 milhões de espectadores. Ingrid afirma que a discussão casamento versus carreira atinge todas as classes sociais, inclusive o público da classe C, que impulsionou o sucesso do primeiro longa-metragem.

EMERGENTE

A produtora Mariza Leão diz que a decisão de filmar em Nova York se relaciona com o sonho da classe média emergente de conhecer a cidade, mas também com a simbologia de que Alice atingiu o topo na carreira e está "conquistando a América".

"Já filmei em Veneza e em Barcelona [em "Meu Nome Não é Johnny"] e vi como esses lugares simbólicos, que estão no imaginário do espectador, levantam as cenas."

A produtora destaca que o filme segue a tradição de comédias americanas, que constroem uma marca (como "American Pie") e apostam em continuações.

Ela sonha com o terceiro "De Pernas pro Ar" e diz que, embora não esteja pensando na adaptação para a TV, vê a convergência de mídias como algo natural.

O diretor Roberto Santucci argumenta que, apesar de ser uma continuação, há frescor no segundo filme.

"A vilã é um pouco a própria Alice. No filme, ela aprende que tem que balancear a vida. Ela vai cometer o mesmo erro de novo, de tentar dar conta de tudo."

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