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Cantor do System of a Down lança quarto álbum solo

Em julho, chega às lojas "Harakiri", com ecos de punk rock; Serj Tankian tem três outros projetos em desenvolvimento

Lista de novos trabalhos do músico incluem gravação de sinfonia assinada por ele e mergulho no jazz

FABIAN CHACUR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pergunta que os fãs do System of a Down fazem desde o seu retorno à ativa em 2011, após mais de cinco anos fora de cena, é quando teremos novas músicas da banda de rock alternativo.

A resposta pode ser dada daquele jeitão sarcástico: "Temos duas respostas, uma ruim e a outra boa". Por enquanto, eles não devem lançar nada de novo.

A notícia boa fica por conta da atual hiperatividade de seu cantor, compositor e músico Serj Tankian. Ele lançará, no dia 10 de julho, "Harakiri", seu quarto álbum solo. E isso é só o começo.

Nos próximos meses, Tankian colocará no mercado três outros projetos, bem distintos entre si. "Orca", por exemplo, é a sua primeira sinfonia, que deverá ser gravada ao vivo com orquestra.

"Fuktronic", por sua vez, é um projeto de música eletrônica feito em parceria com Jimmy Urine (do Mindless Self Indulgence), enquanto "Jazz-Iz-Christ" é um mergulho bem peculiar no jazz.

Isso, sem contar o fato de que o System of a Down continuará fazendo shows nos próximos meses.

"Existem muitas cores na música, e se valer de uma só torna as coisas monótonas. O heavy metal pode ser misturado com o jazz, por exemplo. Todas essas cores e dinâmicas podem ser combinadas, é o que mais gosto de fazer", explica Tankian, em entrevista à Folha.

Para dar a dimensão de sua inquietação, ele compara os trabalhos solo que lançou até hoje.

"'Elect The Dead' (2007) é mais progressivo. O segundo, 'Elect The Dead Symphony', que é o álbum ao vivo com uma orquestra sinfônica, soa bem diferente do de estúdio. 'Imperfect Harmonies' (2010) tem elementos singulares, cria um novo som", define.

Na sua visão, "Harakiri" é "um disco bem básico, 'uptempo', influenciado pelo punk rock". Embora o álbum tenha essa espinha dorsal baseada na simplicidade, as músicas são repletas de sutilezas instrumentais e vocais. Já as letras abordam temas políticos atuais em tom espirituoso.

O refrão de "Figure It Out" é um bom exemplo: "Why pretend that we don't know CEO's are the disease" (para que fingirmos não saber que os diretores executivos das grandes corporações são a doença).

"Trato esse tema com bom humor, mas a verdade é que esses diretores nunca vão presos, embora façam milhões de pessoas perderem dinheiro e sofrerem", diz.

Embora esteja com tantos trabalhos paralelos, Tankian não se incomoda quando os fãs perguntam sobre canções inéditas do System of a Down, que não lança um CD de novidades há sete anos.

"Sinto-me lisonjeado, é sinal de que se interessam por nós. Acho que isso ocorrerá quando estivermos juntos e na hora certa, quando tivermos espaço mental. Aí, todos saberão. É simples assim."

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