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Coleção confronta a ironia verborrágica de Raduan Nassar "Um Copo de Cólera", segundo dos três livros que o recluso autor publicou, chega às bancas neste domingo Obra é o 11º volume de coletânea que reúne grandes romancistas e poetas da literatura ibero-americana DE SÃO PAULOUm homem machista e autoritário chega ao sítio onde mora e encontra sua amante à sua espera. Após um jogo de olhares e sedução, os dois têm uma noite de amor. Na manhã seguinte, um grupo de formigas destrói a cerca viva da propriedade e a aparente harmonia entre o casal, que dá lugar a um festival de acusações mútuas. Segundo romance do brasileiro Raduan Nassar, "Um Copo de Cólera"-que foi adaptado para o cinema por Aluizio Abranches em 1999- é o 11º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana e chega às bancas neste domingo, 17/6. É da profusão de sentimentos íntimos que se forma a prosa livre de comiserações desse livro tenso e contundente, trazendo em cada frase a energia concentrada de um encontro amoroso que degenera em fúria. Sem testemunhas de sua quebra de arranjos sociais, os personagens se confrontam, entre períodos de silêncio e acessos de verborragia. Recriando sem preconceitos a linguagem coloquial, a prosa de Nassar acaba por ganhar traços de poesia bruta. Autoexilado em um sítio, tal qual seu protagonista, Raduan Nassar verteria cólera contra o vazio que enxergava na vida em sociedade. "Não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando o cinismo dos indiferentes", resumiu com ironia certa vez, em uma de suas raras entrevistas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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