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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Livro feito na internet vira um fenômeno

Vai chegar ao Brasil um tsunami: a trilogia de livros "Cinquenta Tons de Cinza" ("Fifty Shades", no original) que ocupa há 14 semanas o topo da lista de mais vendidos do New York Times.

Livros assim são chamados de "mommy porn", por seu apelo erótico, que faz a alegria de donas de casa.

A história fica mais interessante. A trilogia foi escrita na internet. Sua autora, Erika Leonard (que agora assina E.L. James) era, ela mesma, uma dona de casa entediada.

Como solução vespertina, entrava em sites amadores para escrever "fanfiction" (gênero em que se imagina tramas alternativas para personagens já famosos).

No caso de Erika, os personagens eram os vampiros Bella e Edward, da série Crepúsculo. Como Crepúsculo tem pouco sexo, Erika apimentou a relação dos vampiros e imaginou situações em que eles se envolvem com sadomasoquismo e outras traquinagens do tipo.

Os textos começaram a fazer sucesso. Erika percebeu que tinha algo importante nas mãos. Mudou o nome dos personagens (para Christian e Anastasia), mas manteve o enredo escrito na rede. Nascia o livro "Fifty Shades".

Ao todo, já são 13 milhões de cópias vendidas (a editora brasileira pagou 780 mil dólares pelo direito de lançá-los aqui). O caso é um petardo para se pensar como a criatividade muda por causa da rede. O fenômeno sacode ideias como "originalidade" e "plágio", além da imaginação das donas de casa.

Quem será a próxima a continuar a história?

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JÁ ERA Livros só em papel

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JÁ VEM Leitores digitais flexíveis, que imitam a flexibilidade do papel

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