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Estranho no ninho

Mostra apresenta Jasper Johns como autor que não se enquadrou no pop nem no expressionismo

Dennis Hopper
Jasper Johns retratado por Dennis Hopper em 1964
Jasper Johns retratado por Dennis Hopper em 1964

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Uma pintura da bandeira americana não é a bandeira americana. Jasper Johns usa as listras vermelhas e brancas mais famosas do planeta para chamar a atenção sobre sua reconstrução do símbolo surrado, quase automático.

Sua estratégia é pegar tudo que já é conhecido como um pretexto para fazer arte.

Nome que ajudou a forjar o que mais tarde entrou para a história como arte pop, Johns começou a pintar bandeiras e mapas dos Estados Unidos, latas de cerveja, alvos e outros objetos banais em contraponto aos arroubos gestuais de expressionistas abstratos como Jackson Pollock.

"Se no meu trabalho houvesse qualquer coisa que lembrasse outra obra, eu apagaria", disse numa rara entrevista nos anos 80. "Não queria fazer o que ninguém estivesse fazendo na época."

Agora, aquilo que ninguém estava fazendo nos anos 50 -antes da fama de Andy Warhol, Roy Lichtenstein e afins- chega a São Paulo numa grande mostra do artista.

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