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Coleção revisita o passado em romance de Javier Cercas

Em "Soldados de Salamina", que chega às bancas neste domingo, espanhol destrincha a história de seu país

DE SÃO PAULO

Nos últimos meses da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando as tropas republicanas se retiravam em direção à fronteira francesa, a caminho do exílio, toma-se a decisão de fuzilar um grupo de presos franquistas.

Entre eles encontra-se Rafael Sánchez Mazas, fundador e ideólogo da organização paramilitar Falange Espanhola, responsável pelo apoio ao regime de Francisco Franco (1939-1976) e pelos desdobramentos da guerra.

Inspirado nas memórias dolorosas do conflito, o espanhol Javier Cercas escreveu "Soldados de Salamina", 13º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que chega às bancas no próximo domingo, 1º/7.

É por meio das descobertas do narrador, um jornalista que se propõe a reconstruir os fatos ocorridos durante o confronto e a descobrir os segredos de seus protagonistas, que a trama se desdobra em um enigma em que a realidade e a história oficial jamais se encontram.

Mas Sánchez Mazas, revela o autor já nas primeiras páginas, não só consegue escapar do fuzilamento como é encurralado por um miliciano anônimo que, inexplicavelmente, lhe perdoa a vida.

Ele viverá emboscado, protegido por um grupo de camponeses da região, e as recordações de sua fuga vão ajudar a contar parte da conturbada história espanhola.

REVISITAR O PASSADO

Publicado em 2001 e traduzido para 11 línguas, "Soldados de Salamina" tornou-se um dos romances mais importantes da literatura espanhola contemporânea.

A seu respeito, disse o autor peruano Mario Vargas Llosa: "É um livro magnífico, uma das melhores histórias que li nos últimos tempos".

Em 2003, o romance seria adaptado para as telas por David Trueba e indicado a oito Goyas, prêmio maior do cinema espanhol -ganhou na categoria fotografia.

Sete anos mais tarde, Cercas se consagrou em seu país ao receber o Prêmio Nacional de Narrativa.

Nascido em Ibahernando, Espanha, em 1962, Javier Cercas lecionou por dois anos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e é professor de literatura na Universidade de Gerona, na Catalunha.

Romancista, cronista e colaborador do jornal "El País", Cercas é um dos autores espanhóis mais destacados da atualidade. "Soldados de Salamina" foi seu primeiro romance publicado no Brasil.

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