Coleção Folha apresenta o legado criativo dos traços de Alvar Aalto

Alvar Aalto (1898-1976) é considerado pela crítica um dos mestres do movimento modernista, figurando entre os designers e arquitetos mais prestigiados do século 20.

Parte de seu legado compõe o nono volume da Coleção Folha Grandes Designers, que chega às bancas no próximo domingo, 8/7.

Nascido na Finlândia, Aalto cultivaria uma fama que logo o levaria a percorrer o mundo. Nos Estados Unidos, foi incensado a partir dos anos 1930. De lá, retornaria a seu país natal para dar contribuições notáveis à reconstrução finlandesa no período pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

No exercício do design, deixou a sinuosidade de móveis e objetos de vidro e as técnicas inovadoras de curvar a madeira como algumas de suas marcas.

Tornou-se célebre a série de poltronas Paimio, projeto de cadeiras de assento fino e pés retangulares concebidas em 1932 para um sanatório finlandês de mesmo nome.

Além disso, pode-se citar o conjunto de peças de cristal de formas curvilíneas que ele desenvolveu, incluindo o famoso Vaso Aalto, de 1937.

FORMAS ORGÂNICAS

A facilidade com que trabalhou as formas geométricas lhe permitiu alcançar variações que davam um caráter orgânico a seus edifícios, nos quais sempre privilegiava o conforto e a funcionalidade -traços que diferenciariam a obra de Aalto das demais propostas modernistas europeias.

O finlandês foi um dos primeiros e mais influentes arquitetos do movimento modernista. Participou ativamente dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna, encontros que, a partir de 1928, reuniram grandes nomes para discutir os rumos do ofício e as perspectivas para os diferentes domínios arquitetônicos, do urbanismo ao design de utensílios.

Como arquiteto, ele projetou, entre outros, o Auditório Finlândia e o campus da Universidade de Tecnologia de Helsinque, a capital do país.