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Opinião

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Tocando Mozart, pianista mineiro fez ponte para o próprio passado

DO ENVIADO A SÃO JOÃO DEL REY

O retorno de Nelson Freire ao pequeno teatro de São Joao Del Rey (MG) onde fez o seu primeiro concerto público, aos cinco anos, seria por si só uma excepcionalidade. Quando ele se sentou ao piano, aconteceu o histórico.

"Sonata em Lá Maior K. 331", de Mozart, a peça que abriu o espetáculo, tem como uma de suas partes a "Marcha Turca", trecho executado por ele no distante ano de 1950, para fascínio da plateia. De toque leve e exato, Freire construiu com acordes uma ponte para seu passado.

A partir daí, desvencilhou-se do repertório primevo com uma interpretação de "Sonata ao Luar, Op. 27, nº 2", de Beethoven. Pelo sentimento condoído que o músico emprestou às notas, recebeu os aplausos mais entusiasmados da noite.

Em seguida, apresentou suas versões para "Prelúdio das Bachianas Brasileiras no 4" e "Alma Brasileira", de Villa-Lobos. Mas estava adiante, no excerto "A Fada e o Rouxinol", da ópera "Goyescas", composição de Enrique Granados, e em "Barcarola no 60" e "Scherzo no 4 em Mi Maior", de Frédéric Chopin -pelo qual a expertise de Freire é reconhecida no mundo inteiro-, a oportunidade de se mostrar ainda mais virtuoso.

Os trechos do russo Anton Bruckner e, mais uma vez, Villa-Lobos, tocados nos dois bis, foram o lustro da noite.

(RL)

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