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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Quem tem medo da nova estética?

Quando lançou seu livro "Retromania", o escritor inglês Simon Reynolds colocou o debate cultural em uma sinuca de bico: no mundo "pós-internet", onde tudo é acessível a um clique, o passado é quem triunfa.

Boa parte da produção contemporânea seria mero revival e nada de novo haveria no horizonte.

É sinuca difícil de rebater, até porque os exemplos são muitos: bandas antigas que voltam, o gosto por antiguidades, a valorização da moda vintage, Instagram etc..

Mas há uma conversa nova reagindo à retromania. Trata-se do debate sobre a chamada "nova estética" ("new aesthetics", em inglês), que propõe um novo modo de enxergar o mundo.

O foco é o designer inglês James Bridle, que criou um Tumblr dedicado ao assunto (www.new-aesthetic.tumblr.com).

Ele propõe que a distinção entre real e virtual caiu por terra. E diz que nos acostumamos rápido demais a isso, sem dar devida atenção a como a construção da realidade mudou.

Bridle coletou exemplos de imagens do que considera "nova estética", mesclando real e digital.

É quase um exercício de reeducação visual (veja, por exemplo, os vídeos radicais de Keith Lafuente: bit.ly/MTQ2JY).

O debate tem bons desdobramentos, como um texto escrito por Bruce Sterling dando bronca na "nova estética". E já é influência para designers e artistas.

Assim que a ficha cai, dá para ver que a tal da "nova estética" está em toda parte e convive com o passado triunfante de Simon Reynolds. O que nos faz lembrar que o futuro está por aí -é só enxergar.

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