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MIS recebe mostra inédita no país com invenções de Méliès

Exposição abre para o público nesta quarta no Museu da Imagem e do Som, em SP, com desenhos e figurinos

Pioneiro dos efeitos especiais no cinema, ele foi inspiração para "Hugo Cabret", longa de Martin Scorsese

RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO

Se você se delicia com o Hulk de "Os Vingadores" ou submerge no 3D de "Avatar", boa parte da responsabilidade recai sobre os ombros de um francês: Georges Méliès (1861-1938).

O ilusionista, produtor, escritor, pintor e diretor de mais de 500 filmes é conhecido por ser o "criador do espetáculo cinematográfico", usando a palavras de um dos inventores do cinema, Louis Lumière (1864-1948), em 1939.

Apesar disso, o nome de Méliès estava esquecido desde a década de 1920, quando ele sumiu dos olhos do público. Graças ao livro "A Invenção de Hugo Cabret", de Brian Selznick e, principalmente, ao longa homônimo de Martin Scorsese, o reconhecimento ao pioneiro dos efeitos especiais ganhou força.

E também não seria um erro admitir que ambas as obras são responsáveis pela chegada ao Brasil da mostra inédita "Georges Méliès, o Mágico do Cinema", que ocupará dois andares do Museu da Imagem e do Som (MIS) a partir de amanhã -a visitação pública começa na quarta.

"O filme de Scorsese elevou Méliès de um nome importante para também conhecido", afirma André Sturm, diretor do MIS. "Mas a mostra estava acertada desde setembro do ano passado. Tivemos sorte de o longa ter sido lançado neste meio tempo."

Os próprios guardiões do legado de Méliès confirmam a importância de "Hugo Cabret", que ilumina os anos misteriosos do cineasta, quando virou dono de uma loja de brinquedos em uma estação de trens em Paris.

"O longa fez mais pelo nome de Méliès do que todo o nosso trabalho em 67 anos", reconhece a bisneta do diretor, Marie-Hélène Lehérissey.

Lehérrisey é uma das fontes da mostra do MIS. Ela vendeu a coleção de objetos pessoais, desenhos originais e cadernos para o Centro Nacional de Filme da França, que, por sua vez, cedeu alguns de seus artigos para a exposição brasileira.

É da exposição permanente da Cinemateca Francesa que vem a segunda parte do material exposto no evento, orçado em R$ 500 mil. "Henri Langlois, nosso fundador, dedicou um interesse especial a Méliès. Colecionamos tudo relacionado ao cineasta desde 1936, de equipamentos a filmes", explica Serge Toubiana, diretor-geral da instituição parisiense.

INCLUSÕES ESPECIAIS

A exposição no MIS será dividida em seis partes: Méliès mágico, Méliès mágico e cineasta, O estúdio Méliès, O universo fantástico de Méliès, A Viagem à Lua e Fim.

Serão feitas adições especialmente para o Brasil, como uma réplica de nave espacial que servirá de cabine de cinema para a exibição de "A Viagem à Lua", obra mais conhecida do francês.

Para Toubiana, os rascunhos dos cenários são as peças mais valiosas. "Especialmente aqueles feitos na pressa, que mostram uma visão extraordinariamente desenvolvida do cinema e da combinação da mágica dele."

GEORGES MÉLIÈS - O MÁGICO DO CINEMA

QUANDO de 4/7 a 16/9 (ter. a sex., das 12h às 21h; sáb., dom. e feriados, das 11h às 20h)

ONDE Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, 0/xx/11 2117-4777)

QUANTO R$ 4 (grátis às terças)

CLASSIFICAÇÃO livre

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