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Televisão

Charlie Sheen faz autoparódia em volta à TV

Em nova sitcom, 'Anger Management', ator brinca com o fato de ter sido demitido de "Two and a Half Men" em 2011

'Meu legado não poderia ser aquilo', alfineta ele; comédia deve marcar sua despedida da televisão

DE LOS ANGELES

Charlie Sheen, 46, insiste: ele ainda está ganhando. Mais de um ano depois de ser demitido da série "Two and a Half Men" e de virar sinônimo de excentricidade e egolatria, o ator está de volta à TV americana com um seriado em que vive um terapeuta e ex-jogador de beisebol.

"Anger Management" (controle de raiva) estreou no último dia 28 nos EUA cravando recordes de audiência para um canal a cabo. O entusiasmo do público não se estendeu à crítica, que foi dura com a nova comédia. A série chega ao Brasil em 20/9, dublada, no canal TBS.

Sheen garante que, completados os 90 episódios previstos em contrato, ele encerrará sua carreira televisiva. Tudo para "sair por cima" e apagar a má impressão deixada por sua demissão de "Men", uma das maiores audiências da TV americana.

"Meu legado não poderia ser aquilo. Quero deixar algo como um abraço caloroso, e não uma picada de cobra", disse o ator a jornalistas estrangeiros em Los Angeles. "Há muitas coisas que desejo fazer depois [...] como ser olheiro de beisebol."

Em seu oitavo ano na série, em 2011, Sheen foi substituído por Ashton Kutcher por conta de uma série de problemas com drogas, rompantes de ira e festas ininterruptas.

Na época, deu entrevistas malucas em que cunhou frases como "estou ganhando" e desancou o criador de "Men" (Chuck Lorre). Na mesma espiral delirante, alardeou estar dividindo a cama com suas "deusas", uma atriz pornô e uma modelo.

Um ano depois, na abertura do primeiro episódio de "Anger", Sheen aparece falando para a câmera, enquanto dá socos em um objeto não identificável: "Você não pode me demitir. Eu peço demissão! Vai me substituir por outro cara? Vá em frente, não vai ser o mesmo!".

VENCEDOR TARDIO

Gostinho de revanche? "Oh, yeah [é, sim]", reconhece Sheen. "Mas é só um ponto de partida, não vamos levar isso adiante na série. Foi um dia de absoluta vitória, de muito orgulho. Eu ainda ganho", persevera.

O ator sustenta que suas experiências em centros de reabilitação e com terapias para controle de raiva o ajudam a compor o personagem, que mais uma vez se chama Charlie.

"É a primeira vez em muito tempo que me sinto feliz em ir trabalhar e triste em sair [do estúdio]", diz. "É meio como um retorno à inocência para mim. Estou mais leve, me sinto mais jovem. Finalmente faço algo que não é debilitante."

(FERNANDA EZABELLA)

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