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Obras do acaso

Fotógrafos caçam sincronia nas maiores metrópoles do mundo, em séries criadas para Bienal de SP e festival em Paraty

Fotos Divulgação
Fotografia de Peter Funch, que estará no próximo Paraty
Fotografia de Peter Funch, que estará no próximo Paraty

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Numa esquina de Nova York, 14 pessoas vão olhar na mesma direção no que parece ser um mesmo instante. Em São Paulo, 12 passantes vão estar vestindo camisas listradas num mesmo dia numa determinada esquina.

Não são "flash mobs" ou performances combinadas antes da hora. Nas metrópoles do mundo, sincronias desse tipo vêm chamando a atenção de fotógrafos que decidiram transformar essas coincidências banais em testemunhos de seu tempo.

Com uma câmera escondida debaixo da camisa e um disparador acionado de dentro do bolso, o holandês Hans Eijkelboom já foi de Nova York a Xangai registrando esses acasos. Em São Paulo, onde fez algumas séries para a próxima Bienal, que começa em setembro, ele foi a pontos movimentados da cidade atrás dessas coincidências.

Enquanto isso, o dinamarquês Peter Funch, nome central do próximo Paraty em Foco, também em setembro, fez de sua rotina em Nova York, onde vive, uma série de flagras que parecem orquestrados, mas estão longe disso.

Ele vai ao mesmo lugar da cidade nas mesmas condições de luz e tempo e fotografa os passantes. Quando nota um ponto em comum, como as figuras que bocejam na imagem acima, ele monta uma cena artificial reunindo todos esses personagens.

"É um documento das relações humanas e de como nos comportamos nas ruas", diz Funch. "Mas mesmo algo documental pode ter alguns elementos de ficção."

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