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Gigante do espetáculo cresce apesar de queixas

T4F, que produz shows internacionais e musicais, tem lucro de R$ 61 mi em 2011

Líder latino do setor de entretenimento ao vivo, grupo foi multado em R$ 2,4 mi pelo Procon-SP nos últimos dois anos

MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

Maior empresa de entretenimento ao vivo da América Latina, a Time For Fun (T4F) fechou há pouco a compra da casa de shows Chevrolet Hall (Belo Horizonte) e a renovação do controle de outra no Rio, o Citibank Hall, até 2018.

Mas esses não são os únicos sinais da expansão da T4F, que trouxe ao país shows de Madonna e U2, e os musicais "A Bela e a Fera" e "Mamma Mia", além de espetáculos do Cirque du Soleil. Em 2006, a empresa causou polêmica ao receber autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 9,4 milhões via renúncia fiscal para uma turnê da trupe de circo canadense, apesar de os ingressos custarem até R$ 370.

Para reduzir custos, a companhia investe na verticalização da cadeia -já controla bilheterias, casas de shows, patrocínio, produção, locação de equipamentos etc. A compra da empresa de iluminação Aurolights deve gerar economia anual de R$ 10 milhões.

No ano passado, a T4F aumentou sua receita e lucro líquidos, abriu o capital e quase triplicou a captação de recursos via Lei Rouanet (foram R$ 27 milhões em 2011 -o terceiro maior montante do país- e R$ 10 milhões em 2010).

Só para "Mamma Mia", foram captados R$ 12 milhões.

RECLAMAÇÕES

Mas a expansão teve contratempos. Relatório da Deloitte, auditora da T4F, informa que a empresa era parte, em 2011, em 420 processos judiciais cíveis. A maioria deles está ligada a relações de consumo, como a cobrança de taxas de conveniência.

"A conveniência na venda dos ingressos é da empresa, não do consumidor. Para o Procon, ela se justifica quando o consumidor recebe o ingresso em casa", diz Paulo Góes, diretor do Procon-SP.

Desde 2010, a empresa foi multada em R$ 2,4 milhões pelo Procon-SP por supostas irregularidades na venda de tíquetes. A T4F recorreu de todas as multas aplicadas.

Já a Promotoria de São Paulo ajuizou em maio uma ação civil pública em razão de suposta venda casada no Credicard Hall, em SP, casa que proíbe o ingresso de produtos comprados do lado de fora, mas cobraria preços até 214% acima dos do mercado.

Procurada, a T4F não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição.

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