Crítica

'Assalto ao Banco Central' busca esterilidade via imitação dos EUA

Para que filmar "Assalto ao Banco Central" (TC Premium, 22h, 14 anos) se já existe "11 Homens e um Segredo"? Claro, o assalto aconteceu no Brasil, foi um golpe preparado e inteligente etc. e tal.

Mas a opção pelo espetáculo leva à aproximação com esse produto de grande produção. E o nosso cinema, se o critério é esse, leva na cabeça. O espetáculo será sua limitação.

Poderia ser diferente. Se era preciso um modelo, que tal recorrer ao notável "Assalto ao Trem Pagador", que Roberto Farias fez há uns 50 anos e é muito mais interessante até hoje, na medida em que descreve a vida dos personagens, seus problemas, classes sociais etc.? Mas essa é, parece, nossa política de cinema: buscar a esterilidade pela via da imitação.