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Brasileiro moderniza viagem beat de Kerouac

Livro "Fé na Estrada", de Dodô Azevedo, recria aventura pelos EUA

Atriz Olivia Wilde, de "House", adorou a ideia; autor diz que há interessados em levar obra para o cinema

RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO

O jornalista Dodô Azevedo costumava odiar aventuras. Mas entrou em várias delas ao decidir recriar a viagem de Jack Kerouac pelo coração dos Estados Unidos, indo de costa à costa atravessando desertos, territórios indígenas e festivais de música.

O esforço gerou "Fé na Estrada", uma modernização da saga beat "Na Estrada", em alta com a adaptação de Walter Salles, atualmente em cartaz nos cinemas.

"Eu viajei com o propósito de escrever um livro chato e teórico a respeito da América do século 21. Não imaginava que acabaria vivendo uma aventura", conta o autor.

Azevedo só conseguiu viajar em 2003 -com a fotógrafa Luíza Leite- e deparou-se com um país se reencontrando após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

"Encontrei uma América contracultural, já reagindo aos atos patrióticos de George W. Bush", diz o autor, que foi detido por um policial em Nevada que confundiu as palavras "hitchhiking" (pegando carona) com "hijacking" (sequestro).

"Tive de roubar comida vez ou outra", confessa Azevedo. Apesar de falar sobre viagens alucinógenas e índios navajos, ele deixou algo de fora: "Prometi a uma jogadora de tarô que não contaria como -e para que- se magnetiza um pênis", brinca.

O projeto chamou a atenção da atriz Olivia Wilde, de "House", que viu o trailer do livro na internet e perguntou, no Twitter, como nenhum americano teve a ideia antes.

A ideia, por sinal, pode ganhar o cinema. Segundo Azevedo, produtores americanos, belgas e brasileiros estão interessados na história.

FÉ NA ESTRADA
AUTOR Dodô Azevedo
EDITORA Leya
QUANTO R$ 39,90 (304 págs.)

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