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Curadora Eungie Joo vai assumir direção de Inhotim

A partir de setembro, a coreana irá comandar a programação do instituto

Ela substitui o alemão Jochen Volz, que deixa o espaço mineiro para ser diretor da Serpentine Gallery, em Londres

FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

A curadora coreana Eungie Joo assume, a partir de setembro, a direção de arte e a programação do Instituto Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais).

Ela substitui o alemão Jochen Volz, que será o diretor da Serpentine Gallery, em Londres.

Atualmente, Joo é diretora do New Museum, em Nova York, onde foi responsável pela trienal de arte contemporânea da instituição, "The Ungovernables" (os ingovernáveis), que incluiu os brasileiros Jonathas de Andrade e Cinthia Marcelle.

Ela permaneceu no New Museum por cinco anos, após ter sido diretora e fundadora da galeria Redcat (Los Angeles) de 2003 a 2007. Volz entrou para Inhotim em 2004, foi curador até 2007 e, desde então, diretor-geral do espaço que abriga a coleção do empresário Bernardo Paz.

Com a entrada de Joo, o nome do cargo passa a ser diretora de arte e programação. O brasileiro Rodrigo Moura, que foi repórter da Folha e já trabalha em Inhotim, assume o cargo de diretor-adjunto. Allan Schwartzman e Júlia Rebouças continuam na equipe do instituto.

Em 2006, Joo visitou Inhotim, quando a instituição foi aberta ao público, e voltou apenas no ano passado. "Fiquei realmente chocada com o que foi conquistado, em apenas cinco anos, em termos do desenvolvimento físico dos espaços, a expansão da coleção, e o número de comissões permanentes", conta a nova curadora.

Para ela, Inhotim tem hoje a mesma importância que o Dia Art Foundation, em Nova York, teve nos anos 1970 e 1980, "ao apoiar projetos de artistas que, sem seu suporte, seriam impossíveis de ser realizados".

Naquela época, artistas como Donald Judd, Dan Flavin ou Walter de Maria puderam realizar obras de grande escala, muitas deles, atualmente, exibidas no Dia Beacon.

Na prática, Inhotim é o único espaço, no país, que abriga obras de grande porte de artistas brasileiros como Hélio Oiticica, Cildo Meireles e Tunga, cujo pavilhão de 2.500 m², o maior do local, será aberto em setembro, junto com o de Lygia Pape.

Joo prepara sua mudança para Belo Horizonte, onde vai residir. Entre seus desafios está "aprender português" e "não ter restaurantes coreanos por perto", brinca.

De forma geral, a curadora acredita que, conceitualmente, nada deve ser mudado em Inhotim.

Ela aponta que por "dedicar-se a encomendar e preservar grandes trabalhos contemporâneos, enquanto a história da arte desse período está sendo escrita", Inhotim "faz um importante investimento cultural".

Leia entrevista completa com Eungie Joo em
folha.com/no1122525

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