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Crítica

'Diários de Motocicleta' erra ao não atribuir sentido ao percurso

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que há de errado com os "Diários de Motocicleta" (TC Cult, 22h, 12 anos), de Walter Salles?

Não é, certamente, o personagem: o momento de formação de Che Guevara é um fato relevante na história do século 20 na América.

Nem as paisagens de sua travessia iniciática pelo continente. Não lhes falta beleza, e à filmagem não falta elegância. O filme, porém, parece girar em falso. É um sintoma de honestidade: se Guevara não sabia o que queria, quase até o final, o filme não atribui à viagem um sentido que (ainda) não tem.

Ou seja, algo resta irresolvido numa produção em que a frieza parece vir de certa indiferença pelo percurso do Che, já que a rigor o que conta não é esse percurso, mas o que encontra ao final. E suas decorrências, claro.

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