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Crítica 'Qualquer Gato Vira-Lata' traz interpretações colegiais INÁCIO ARAUJOCRÍTICO DA FOLHA O pior problema que trouxe a globalização (isto é, a submissão a uma estética Globo) ao cinema brasileiro não foram os enredos. Ainda que um como o de "Qualquer Gato Vira-Lata" (TC Premium, 22h, 12 anos) seja quase um acinte. A saber: abandonada pelo namorado brucutu, Cleo Pires tenta reconquistá-lo com a ajuda de um professor. Esse é, repito, o menor dos problemas. Bem pior é a tendência à interpretação de atores tornar-se uma subsidiária das novelas. Isto é, mesmo uma boa atriz, como Cleo Pires, parece todo o tempo estar representando no teatro do colégio, tal a descrença (justificável) no personagem. Esse sistema, diga-se, pode ser usado por cineastas que nunca passaram na porta da Globo, e não é usado por, digamos, Daniel Filho. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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