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Cinema

Festival de Gramado enfrenta crise dos 40

40ª edição do evento de cinema, que abre hoje, quase não foi realizada por causa de dívidas e bloqueio de conta

"360", de Fernando Meirelles, dá início à programação, que tem também novo longa do carioca Matheus Souza

DE SÃO PAULO

A crise dos 40 anos atingiu o Festival de Gramado. Antes repleto de excessos e longas de pouco exercício visual, o evento entrou em uma dieta para sua edição 2012, que começa hoje e vai até o dia 18 de agosto.

São oito filmes nacionais na competição pelo prêmio Kikito -neste ano, os cinco representantes estrangeiros da América Latina foram separados em mostra paralela.

Ameaçada de não ser realizada por causa de dívidas e do bloqueio das contas da Associação de Cultura de Turismo de Gramado, a 40ª edição do evento está sendo coordenada pela Secretaria Municipal de Turismo.

A produtora Um Cultural, responsável pelo evento, administra um orçamento de R$ 4 milhões. "Renovamos o festival, da direção à parte artística", disse o produtor Ralfe Cardoso em entrevista de divulgação do evento.

Apesar do arrocho orçamentário, há margem para gastos considerados praticamente obrigatórios (como exibir filmes fora de competição, mas que atraiam a atenção da imprensa e do público).

"360", novo filme de Fernando Meirelles, abre o evento hoje, fora da competição oficial, com a presença do diretor e dos atores Juliano Cazarré e Maria Flor. Além disso, o filme vencedor da mostra competitiva oficial leva R$ 120 mil, enquanto o ganhador da mostra latino-americana fatura R$ 80 mil.

FOFURA

Apesar de Gramado apresentar filmes que já figuraram em outros festivais ou até mesmo entraram em cartaz fora do Rio Grande do Sul, há algumas apostas interessantes na edição deste ano.

A primeira delas será exibida nesta noite. "Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida" é o primeiro filme do jovem carioca Matheus Souza, responsável pelo hit indie-fofo "Apenas o Fim" (2008), com Erika Mader e Gregório Duvivier.

Souza, com seu estilo "romântico moderno", conta uma história sobre uma estudante de medicina (Clarice Falcão) que conhece um rapaz (Rodrigo Pandolfo) em uma de suas escapadas das aulas para descobrir a sua verdadeira vocação.

Premiado na Holanda e na Polônia, o longa "O Som ao Redor", de Kléber Mendonça Filho, é outro destaque.

A mostra competitiva ainda tem três filmes paulistas ("Colegas", de Marcelo Galvão, "O Que Se Move", de Caetano Gotardo, e "Super Nada", de Rubens Rewald) e o gaúcho "Insônia", de Beto Souza.

(RODRIGO SALEM)

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