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Obras destruídas estariam em mostra de novo museu do Rio

Boghici emprestará outras peças ao Museu de Arte do Rio, que deve ser aberto em outubro

Marchand colecionou obras ao longo de 50 anos e impulsionou movimentos como o neoconcretismo no país

DO RIO
DE SÃO PAULO

Obras destruídas da coleção de Jean Boghici, entre elas "Samba", de Di Cavalcanti, e "Floresta", de Guignard, estariam numa mostra de inauguração do Museu de Arte do Rio, organizada por Leonel Kaz.

Marcada para setembro, a abertura do museu deve ser adiada para outubro.

"Quando se perde um patrimônio, apesar de pessoal, ele é nacional também", disse Kaz ontem à Folha.

"A exposição mostraria esse conjunto extraordinário que Jean reuniu em 50 anos. O que se perdeu de Antonio Dias será substituído por outro Antonio Dias, o Guignard perdido será substituído por outro Guignard. É isso o que vamos tentar fazer."

"Estamos em estado de choque, foi uma agonia terrível", disse ontem Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, responsável pelo novo museu na zona portuária do Rio.

Boghici, romeno que se mudou para o Brasil em 1949, sempre foi, além de marchand, um agitador cultural, responsável pelo resgate da memória da escultora surrealista Maria Martins e um dos maiores incentivadores da carreira de Antonio Dias.

"Ele sempre foi um grande promotor das artes brasileiras", disse Dias. Boghici também foi um disseminador do neoconcretismo e até namorou a artista Lygia Clark.

"Todos temos um débito com o Jean por ele ter criado uma coleção desse tipo", diz Washington Fajardo, secretário de Patrimônio do Rio. "A arquitetura e as coleções de arte são os melhores exemplos de bens privados que se tornam públicos." (MAC, FB E SM)

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