Crítica

Proposta do filme brasileiro 'Trabalhar Cansa' é encantadora

Em "Trabalhar Cansa" (Max, 23h35, 14 anos) dois eventos se cruzam: o marido perde o emprego, enquanto a mulher compra um mercadinho. Mais do que se cruzar, as duas coisas se acumulam.

O principal mérito da direção do filme é evitar o melodrama barato que a sinopse sugere. É mais sobre fantasmas de perda e fracasso que "Trabalhar Cansa" opera.

Se são óbvias suas virtudes, também o são os problemas. O trabalho no registro contido que buscam os diretores exige um rigor tipo filmes de Ozu ou coisa parecida. Algo difícil de obter por autores estreantes numa produção modesta. Se a proposta parece não raro escapar aos diretores, ao menos encanta o fato de existir ali uma proposta. É mais raro do que parece.