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Coleção traz a voz suave de Fred Astaire

Álbum, que chega às bancas no dia 19/8, relembra clássicos interpretados pelo multifacetado artista americano

Coletânea de 25 discos reúne grandes cantores nacionais e estrangeiros que ajudaram a forjar a música do século 20

DE SÃO PAULO

Reza a lenda que, em seu primeiro teste para o cinema, Fred Astaire (1899-1987) foi avaliado da seguinte maneira: ele não sabe interpretar, é ligeiramente calvo e sabe dançar razoavelmente bem.

Muitos anos mais tarde, o único artista que podia rivalizar com seu talento, Gene Kelly, declarou: "A dança no cinema começou de fato com Fred Astaire".

Parte de seu legado musical e a elegância de sua voz reúnem-se no quarto volume da Coleção Folha Grandes Vozes, que chega às bancas no próximo domingo, 19/8.

O álbum traz clássicos como "Night and Day", de

Cole Porter, "The Way You Look Tonight", de George e Ira Gershwin, e "Cheek to Cheek", de Irving Berlin.

Apesar de seu estilo, a suavidade de seus passos acabaram por colocar sua carreira de cantor em segundo plano. Grandes compositores populares norte-americanos, no entanto, elegeram Astaire seu intérprete favorito.

Ele emprestou sua voz a importantes composições de Jerome Kern, Arthur Schwartz e Con Conrad.

Nascido em 1899, como Frederick Austerlitz, no interior americano, o bailarino iniciou com sua irmã Adele uma dupla de dança de sucesso que durou até 1932.

No ano seguinte, o artista desembarcou em Hollywood, onde estreou nos cinemas com "Amor de Dançarina", ao lado de Joan Crawford.

Quando perguntaram, certa vez, a ele qual era o segredo de sua dança, Astaire respondeu: "Só tem que parecer que é fácil." Ele é considerado um dos maiores gênios da dança na história do cinema.

Antes de sua estreia nas telas, os dançarinos costumavam aparecer nos filmes apenas "em partes": a câmera se detinha nos pés, nas cabeças e nos troncos dos bailarinos. As imagens eram compostas depois na sala de edição. Astaire, ao contrário, exigia ser filmado de corpo inteiro.

Em "Voando para o Rio" (1933), o americano contracenou pela primeira vez com Ginger Rogers, sua parceira em um total de dez filmes, dos quais "O Picolino" (1935) foi o mais bem-sucedido de todos. A dupla conquistou o público e a fama mundial.

Como na maioria de seus filmes, a trama simples se sustenta pela beleza de seus números de dança.

ENTRE ESTILOS

Da voz marcante de Louis Armstrong ao timbre dramático de Édith Piaf, passando pela força de Nina Simone, a Coleção Folha Grandes Vozes traz uma multiplicidade de ritmos e estilos musicais.

Ao todo, serão lançados 25 volumes a cada domingo, constituídos por um livro de bolso com a biografia do cantor e um disco reunindo as músicas mais representativas de cada um desses artistas, que ajudaram a forjar a música do século 20.

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