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Coleção reconstrói sonhos de infância com "Cinzas do Norte"

Romance de formação de Milton Hatoum chega às bancas em 26/8

DE SÃO PAULO

Tudo começa com dois meninos em Manaus, nos anos 1950. O narrador, Lavo, é um órfão criado por tios humildes, que cresce à sombra da família Mattoso, de onde provém Mundo, seu amigo. É por meio da trajetória dos garotos que se revela a formação de uma geração.

"Cinzas do Norte" (2005), terceiro romance do brasileiro Milton Hatoum, é o 21º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que chega às bancas em 26/8. Sua narrativa é o relato de uma revolta de infância e do esforço por compreendê-la.

A fim de realizar suas inclinações artísticas, ou quem sabe para investigar suas angústias mais profundas, Mundo se revolta contra o pai, o provincianismo de Manaus e os militares que ocupam o poder entre 1964 e 1985.

Nessa luta, que se transforma em fuga, o rapaz amplia seu universo particular até Berlim e Londres, sacudidas pelo clima de efervescência cultural da década de 1970, de onde se comunica com o amigo Lavo, agora advogado, mas ainda preso à cidade natal e ao passado.

Na trama, sonhos e esperanças se cruzam e se desencontram. As expectativas dos personagens refletem a história daquela geração que cresceu à sombra embrutecida do regime militar.

Milton Hatoum nasceu em Manaus, em 1952, descendente de libaneses. É autor ainda dos romances "Relato de um Certo Oriente" (1990), "Dois Irmãos" (2000) e "Órfãos do Eldorado" (2008).

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