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'Olimpíada' de música erudita tem coreografia de Ismael Ivo em ópera

No Festival de Salzburgo, brasileiro cria movimentos para continuação de 'A Flauta Mágica', de Mozart

Mostra austríaca dispõe de orçamento de 54 milhões de euros e abriga 240 eventos durante seis semanas

IRINEU FRANCO PERPETUO
ENVIADO ESPECIAL A SALZBURGO

Naquele que pode ser visto como o equivalente a uma Olimpíada para a música erudita, as melhores orquestras do planeta escolheram o repertório moderno e contemporâneo para medir forças.

Obras de compositores como Béla Bartók (1881-1945), Witold Lutoslawski (1913-1994) e Serguei Prokófiev (1891-1953) comparecem à reta final do Festival de Salzburgo, que vai até domingo.

Nessa fase, a mostra alista orquestras de porte, como as filarmônicas de Viena e Berlim, a Sinfônica de Londres, a Gewandhaus de Leipzig e a Concertgebouw de Amsterdã, sob as batutas de Simon Rattle, Valery Gergiev, Mariss Jansons e Riccardo Chailly, entre outros nomes de proa.

Criado na cidade natal de Mozart (1756-1791) em 1920 pela trinca formada pelo dramaturgo Max Reinhardt (1873-1943), pelo compositor Richard Strauss (1864-1949) e pelo poeta Hugo von Hoffmansthal (1874-1929), e turbinado no pós-guerra pelo maestro Herbert von Karajan (1908-1989), o festival se tornou o mais badalado do circuito erudito internacional.

Com um orçamento de 54 milhões de euros (cerca de R$ 137 milhões), abriga 240 eventos em seis semanas. Nesse ano, começou em 20 de julho, totalizando sete óperas, 90 concertos e 12 peças de teatro, que colocaram à venda 260 mil ingressos.

Este ano marca a primeira edição com direção artística de Alexander Pereira, 65, um suíço que comandou a Ópera de Zurique e resolveu reforçar os vínculos do festival com a produção contemporânea: até 2016, pretende encomendar uma ópera nova para cada edição, começando, no ano que vem, por uma criação do húngaro György Kurtág, 86, baseada na peça "Fim de Jogo", do dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989).

O Brasil participa com Ismael Ivo, responsável pela coreografia de "Das Labyrinth" (1798), ópera pouco conhecida do alemão Peter von Winter (1754-1825) que é uma continuação de "A Flauta Mágica", de Mozart.

O jornalista IRINEU FRANCO PERPETUO viajou a Salzburgo a convite da organização do festival

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