Mostra de SP terá Tarkovski e "Nosferatu"

A primeira Mostra Internacional de Cinema de São Paulo sem a presença de seu criador, Leon Cakoff, morto em outubro do ano passado, terá atrações de peso para mostrar que continua forte.

A primeira é a exposição "Luz Instantânea", que reúne 80 polaroides originais do cineasta russo Andrei Tarkovski (1932-1986).

"A exposição foi o primeiro evento que eu fechei para a Mostra neste ano e fiquei muito feliz. Tinha consciência que a Mostra precisava ser impactante", confirma Renata Almeida, viúva de Cakoff e também diretora da Mostra há 22 anos.

O evento começará em 19 de outubro, mas a exposição no Masp abre um dia antes. A Mostra ainda terá um ciclo de filmes alemães, uma retrospectiva do russo Sergei Loznitsa ("My Joy") e longas como "Repare Bem", da atriz portuguesa Maria de Medeiros, e "Tabu", coprodução luso-brasileira.

A seleção está sendo feita pela equipe liderada por Renata, que precisou organizar o maior evento de cinema de São Paulo sem o marido pela primeira vez.

"Foi difícil, mas a Mostra está superforte. Ninguém é insubstituível, mas ninguém toma o lugar de Leon."

O encerramento promete roubar a cena. Uma cópia restaurada de "Nosferatu" será exibida ao ar livre no Parque do Ibirapuera, em 2 de novembro, com uma orquestra de 80 músicos e nova partitura.