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Crítica Ação

Humor e piadas autorreferentes não salvam novo longa da franquia

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de arrecadar -contra toda a expectativa- fabulosos US$ 274 milhões em 2010 apenas na base de um elenco de astros envelhecidos que não dispensam injeções para turbinar o corpo, não causa surpresa que a continuação de "Os Mercenários" tenha chegado sem demora.

Mentor do projeto, Stallone escreveu, dirigiu e fez o papel principal no primeiro filme, mas desta vez contentou-se em ser coautor do roteiro e protagonista, entregando a direção a Simon West, especialista em filmes de ação.

A mudança não é muito perceptível, pois "Os Mercenários 2" continua privilegiando o dilúvio de violência, sangue e explosões em detrimento de personagens dignos do nome e de uma história minimamente interessante e bem contada.

O bando de soldados de aluguel comandado por Barney Ross (Stallone) tem a missão de impedir que um carregamento de plutônio russo escondido em uma antiga mina na Albânia caia nas mãos do cruel Vilain (Jean-Claude Van Damme).

A expedição é uma encomenda de Church (Bruce Willis), a quem Barney deve favores. A aventura tem ainda veteranos como Mickey Rourke, Arnold Schwarzenegger, Dolph Lundgren, Jet Li e Chuck Norris.

Neste quadro pouco alentador, o que há de melhor no filme é o humor, inexistente na produção inaugural da franquia. Mas é um humor rasinho, autorreferente e complacente, pois se baseia muito mais no passado dos atores do que nos personagens e situações que vivem.

O roteiro está cheio de alusões que se pretendem engraçadas a filmes que construíram a reputação desses astros. Podem ser um deleite para os fãs de filmes de ação, mas arrancam no máximo sorrisos do espectador menos envolvido com o gênero, pois surgem do nada.

Outro traço de autocomplacência está na sábia dosagem de cenas centradas em cada um dos protagonistas, perfeitamente alinhada com o saudosismo dominante. Assim, cada um tem seu momento de autopromoção em meio ao grotesco.

OS MERCENÁRIOS 2

DIREÇÃO Simon West
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Anália Franco, Playarte Bristol e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO ruim

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