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Efeito domino

Turbinadas pela inauguração da Bienal, galerias abrem grandes mostras

Divulgação
Mega-instalação de Sara Ramo
Mega-instalação de Sara Ramo

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Um letreiro em néon afirma que o capitalismo mata o amor. Seria mais uma obra de arte irônica, não fosse o fato de estar numa galeria da avenida Europa, em São Paulo, um dos metros quadrados mais caros da América do Sul.

No mesmo bairro dos Jardins, um busto de Karl Marx foi instalado na entrada da galeria Luisa Strina. Lá estão obras que discutem o movimento operário e o socialismo. Uma delas é uma biblioteca com clássicos da ideologia esquerdista -todos com lombada vermelha.

Dias antes da abertura da Bienal de São Paulo, que começa nesta terça, galerias da cidade abrem brechas conceituais como essas -mais ou menos irônicas- para abrir suas maiores mostras do ano.

São exposições que não se restringem ao elenco das casas. Recrutam curadores de fora e apostam na escala monumental de certos trabalhos para rivalizar com o peso mastodôntico da Bienal, que neste ano reúne 111 nomes.

Fora do pavilhão no Ibirapuera, gigantes da arte contemporânea ganham as galerias. Anna Maria Maiolino e a mexicana Julieta Aranda, destaques da atual Documenta, em Kassel, na Alemanha, Jac Leirner e Tamar Guimarães são alguns dos artistas abrindo individuais hoje.

Em mostras coletivas, estão trabalhos de estrelas globais, como Tatiana Trouvé, Roman Signer, Lawrence Weiner, Christian Marclay, Danh Vo e Shilpa Gupta.

Essa hipertrofia do circuito também se deve em parte ao fim da Paralela, tradicional mostra que servia de vitrine para as galerias e que foi reformulada neste ano.

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