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Coleção redescobre a beleza da poesia irreverente de Hilda Hilst

Em 'Exercícios', autora transita pelos segredos da alma feminina

DE SÃO PAULO

Irreverente Hilda Hilst (1930-2004) sempre foi, mas foi através da poesia que a paulista transitou pelos segredos da alma feminina.

"Exercícios" apresenta oito anos (de 1959 a 1967) da produção poética da autora. Alguns desses títulos tiveram uma publicação independente e outros apareceram pela primeira vez nessa antologia publicada originalmente no fim da década de 1960.

O livro é o 24º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que chega às bancas em 16/9.

A coletânea mostra um momento importante da produção de Hilst, quando ela ainda não havia se aventurado na prosa e buscava uma poesia encharcada de lirismo.

Em alguns títulos, como "Trovas de Muito Amor para um Amado Senhor", a autora constrói poemas inspirados na literatura medieval.

Além da temática amorosa, marcante em praticamente todos os seus livros, a poeta procura aqui efeitos de musicalidade para seus versos.

Hilst escreveu sobre "os olhos de cães", que entendem sem entender e exprimem o silêncio.

A poeta viveu seus últimos anos em uma chácara chamada Casa do Sol. Recusava o feminino "poetisa", por associar o termo à uma fragilidade oposta ao que ela buscou se tornar.

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