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Internets

RONALDO LEMOS
ronaldolemos09@gmail.com

Caretice toma conta do Facebook

Há poucos sites tão caretas quanto o Facebook. Por causa das suas restritas políticas de uso, já tirou do ar trabalhos artísticos (como do coletivo carioca Opavivará). E mesmo um cartoon da revista "New Yorker" que seria aceitável até na era vitoriana (veja aqui: nyr.kr/QfLnSM).

O site remove agora até perfis de "cosplayers", jovens que se vestem como seus personagens favoritos. Se você é "cosplayer", tem de usar o próprio nome no perfil, e não o do personagem.

Concorrentes como o Tumblr são o oposto. Aceitam conteúdos "desviantes" e até pornografia. É também o caso do Reddit, que ganha atenção renovada e é celeiro de conteúdos "problemáticos".

Isso não impediu que Barack Obama concedesse uma entrevista por meio dele, amplamente divulgada.

Essa relação entre novas mídias e pornografia é também o tema do incrível romance de Aurélien Bellangére, recém-lançado na França, chamado "La Théorie de L'Information" (A Teoria da Informação).

O livro lembra como o Minitel, uma "pré-internet" surgida na França nos anos 1980, só decolou por causa das salas de baixaria (chamadas de "rose").

E mesmo o Facebook se transforma depois da meia-noite. Pelo chat, conversas "profissionais" durante o dia ficam mais "fora do eixo" à noite. É como se o site, abóbora de dia, ficasse soltinho na madrugada. Isso lembra que, por trás do site que quer ser arrumadinho, há forças humanas, meramente humanas, fazendo a roda girar.

Reader

JÁ ERA Objetos de uso pessoal desconectados da internet

JÁ É Óculos do Google na semana de moda de NY

JÁ VEM Lentes de contato para realidade aumentada (bit.ly/HOmufE)

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