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Novo urbanismo prega reciclar velhas estruturas com tecnologia

Debates em São Paulo reúnem arquitetos e urbanistas que participam da Bienal de Veneza

Alejandro Aravena e a dupla Tod Williams e Billie Tsien são destaques desta edição do encontro Arq.Futuro

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Menos asfalto e mais silicone. Urbanistas vêm resumindo dessa forma a solução para cidades caóticas -aplicar alta tecnologia e redes velozes de informação a tecidos urbanos já existentes.

Nomes como o chileno Alejandro Aravena, o italiano Carlo Ratti e os norte-americanos Tod Williams e Billie Tsien defendem que a cidade do futuro não terá uma cara diferente das do presente.

Juntos no Arq.Futuro -série de debates que acontecem hoje e amanhã em São Paulo-, esses arquitetos vislumbram cidades e construções simples aliadas a soluções de alta tecnologia.

"Muitas coisas sempre serão as mesmas, vamos sempre precisar de planos horizontais para ocupar a fachadas verticais que nos separam do espaço externo", diz Carlo Ratti, italiano que coordena o laboratório de urbanismo do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA.

"Arquitetura é desenhar nossa interação com o mundo exterior. E a maneira como organizamos e acumulamos informação digital torna essa relação mais flexível."

É pensando nisso que Ratti está projetando agora um novo centro para Guadalajara, no México. Será uma cidade redesenhada com a ideia de que as pessoas vão poder trabalhar ao ar livre, ocupando os tradicionais pátios da arquitetura hispânica.

Na obra da dupla Tod Williams e Billie Tsien, a ideia de reaproveitar estruturas antigas e tramas urbanas estabelecidas também aparece.

Eles, que participam da atual Bienal de Arquitetura de Veneza, acabam de construir a sede da fundação Barnes, na Filadélfia, um museu privado aberto ao público.

No projeto, o edifício parece se mesclar ao resto dos prédios de um parque no centro da cidade, já que usa os mesmos materiais embora tenha tecnologia de ponta.

Em Mumbai, a dupla também constrói agora a sede de uma multinacional que terá elementos tradicionais da arquitetura indiana, como pisos e esquadrias de madeira feitos à mão por artesãos.
"Mesmo com elementos locais, nosso prédio na Índia não seria confundido com outro qualquer", diz Tsien. "Sendo estrangeiro, é possível ter um olhar mais fresco sobre as mesmas coisas."

Alejandro Aravena, que também está na Bienal de Veneza, teve uma experiência semelhante ao reconstruir duas cidades atingidas por terremotos no Chile.

"Se há um poder na arquitetura, é o poder de síntese", afirma. "A ideia é filtrar problemas complexos para oferecer soluções simples."

ARQ.FUTURO
QUANDO hoje e amanhã, programação em arqfuturo.com.br
ONDE Auditório Ibirapuera (pq. Ibirapuera, portão 3)
QUANTO R$ 20

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