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Crítica novela

'Cheias de Charme' teve trama grudenta como música-chiclete

KEILA JIMENEZ
COLUNISTA DA FOLHA

Sorte de principiante? Não. Quando os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira entregaram a sinopse de "Cheias de Charme" à Globo, eles sabiam que tinham a convergência perfeita entre as cinderelas de esfregão e o público internauta.

A ascensão das "empreguetes" casou perfeitamente com aparições no "Domingão do Faustão" e com o videoclipe bombando de acessos na web. Esse diálogo midiático tão buscado pela emissora encontrou o caminho na trama das 19h. Televisão e internet foram parceiras em "Cheias de Charme".

A novela, que acabou na última sexta (29) também fisgou um público fiel: as crianças. Não há bruxa má tão encantadoramente vestida como Chayene (Cláudia Abreu).

A "brabuleta" do tecnobrega por vezes lembrava o pobre coiote do desenho.

Por mais astuto que fosse o seu plano, não deteria nunca o veloz sucesso das "papa-léguas" da vez, as três "empreguetes".

Como toda vilã que se preze, Chayene tinha a escada perfeita: a "curica" nada fiel Socorro (Titina Medeiros).

"Cheias de Charme" arranjou solução à la Almodóvar para o mistério de Fabian/ Inácio (Ricardo Tozzi), mas não fugiu do maniqueísmo lugar comum, com o bem vencendo o mal.

Com o milagre das domésticas que viraram divas, a Globo mirou na maçã na cabeça da classe C e acertou um pomar farto, audiência flechada por uma trama pop, que grudou como a música-chiclete de sua abertura.

Cheias de Charme

Avaliação Ótima

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