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Clássico de Chaplin faz brincadeira com sentidos

Coleção Folha traz 'Luzes da Cidade', que chega às bancas domingo, 14/10

Filme, de 1931, conta a história de amor entre Carlitos e uma florista cega, que o confunde com um milionário

DE SÃO PAULO

Logo na primeira cena de "Luzes da Cidade", Chaplin põe na mira do riso o que a maioria considerava progresso. Durante a inauguração de um monumento à paz, o discurso do prefeito soa como ruído. É o artista resistindo ao cinema sonoro, que via como desvirtuamento da arte.

"Meu senso dramático reside no não dito -o que está subjacente às coisas comuns, às palavras e atitudes convencionais", disse Chaplin.

O artista conta a história de amor entre o vagabundo e uma florista cega no quinto volume da Coleção Folha Charles Chaplin, que chega às bancas no dia 14/10.

No filme, ao evitar que um milionário bêbado se suicide por ter sido abandonado pela mulher, Carlitos se torna seu amigo. Os dois vão a um restaurante e o milionário empresta seu carro e lhe dá dinheiro para comprar flores.

O vagabundo se encanta pela florista, vivida pela novata Virginia Cherrill. A jovem, por não poder enxergá-lo, acidentalmente o confunde com o amigo rico.

A paixão rapidamente o motiva a tentar conseguir o dinheiro necessário para realizar a cirurgia que pode restaurar a visão da moça.

Com humor e sensibilidade, Chaplin abre mão do recurso sonoro para brincar com os sentidos do público, aproximando-o dos personagens.

O filme ilumina ainda um período sombrio do século 20. Após a crise de 1929, a economia americana destroçada revela as incoerências do sistema de produção, da mesma forma que representa a esperança na figura da florista.

É ela que, ao enxergar o vagabundo pela primeira vez, nos lembra das muitas formas de se perceber um filme de Charles Chaplin.

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folha.com/no1156730

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