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Crítica rock Espetáculo une Elvis no telão e banda ao vivo 40 anos depois FERNANDA MENAEDITORA DA “ILUSTRADA” A noite de anteontem concentrou topetes encorpados, costeletas volumosas e colarinhos altos como poucas. Uma legião de Elvis Presleys cover e de fãs vestidos ao estilo do rei do rock lotou o Ginásio do Ibirapuera para assistir a Elvis in Concert. O espetáculo reúne no palco parte da banda de Elvis enquanto telões de alta definição exibem imagem e voz do rei em gravações remasterizadas dos anos 1970. Com banda e imagens em sintonia fina, o show pretende criar a ilusão de um dos maiores devaneios da história do rock: Elvis não morreu. Ele está vivo. E está ali. Parece difícil, mas basta o primeiro movimento pélvico de Elvis ao som de "See See Rider" para que o público entre numa onda de histeria semelhante àquela que o rei provocava nas fãs de sua época. Com mais de duas horas de duração, há espaço para tudo: dos hits "Hound Dog" e "Suspicious Mind" a canções obscuras como "In The Guetto". O efeito é de viagem no tempo. Quando surge na tela o guitarrista James Burton, no palco a luz destaca o mesmo Burton, 40 anos mais velho, em performance invejável. O túnel do tempo se aplica também ao baterista Ron Tutt, ao pianista Glen Hardin, a backing vocals e, é claro, aos fãs, que gritam a cada trejeito de Elvis como se estivessem na sua presença. Na era do holograma e do 3D, é difícil se convencer com imagens em duas dimensões. Mas uma plateia predisposta pode operar milagres.
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ELVIS IN CONCERT |
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