'CSI' chega à 13ª temporada com o desafio de tentar se renovar

De uma coisa os produtores de "CSI" não podem reclamar: inspiração é o que não falta para o seriado.

Prestes a estrear sua 13ª temporada no Brasil, a produção sobre um grupo de criminalistas que investiga assassinatos em Las Vegas recorre a jornais, revistas e redes sociais tanto para criar casos macabros quanto para solucioná-los.

É o que revela Liz Devine, ex-criminalista e hoje consultora da franquia "CSI", que tem versões ambientadas em Miami e em Nova York.

"Sempre que aparece um crime difícil de solucionar, pensamos: 'Podemos usar o Skype? Ou quem sabe o Chat Roulette [site de bate-papo com vídeo]?'", conta Devine à Folha em entrevista por e-mail. "Estamos sempre procurando pelo novo."

Da nova temporada, cujo episódio de estreia foi visto por cerca de 10 milhões de pessoas nos EUA, Devine adianta alguns casos.

Há desde um crime inspirado no cantor Frank Sinatra até um tiroteio em um jantar, além de um caso que se passa em quadras de basquete.

No primeiro episódio, os investigadores tentam achar a neta de D.B. Russell (Ted Danson), que foi sequestrada. Leia, na sessão "Spoiler", o desfecho.

VERDADES E MENTIRAS

O desafio, segundo a produtora, é se renovar. Ela é a primeira a confessar que alguns elementos se repetem ao longo dos anos, mas sua equipe trabalha para que isso não aconteça muito.

Alguns membros do "time CSI" são responsáveis pelo que chamam de "A Bíblia": um catatau contendo informações sobre todos os "crimes" da série, com métodos de investigação e culpados.

A quem acusa a série de surreal ou fantasiosa, dada a eficiência de seus detetives e a complexidade do aparato tecnológico que usam, Devine garante que é tudo real.

"Trabalhamos com mais de 800 consultores, dentro e fora da polícia, que nos ajudam se houver dúvidas", explica.

"Todas as ideias são inspiradas pelas novidades", diz. "O que os jovens estão usando, ouvindo -tudo o que for fresco, vamos tentar criar um assassinato a partir disso."