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"Festival Carlitos" resgata a liberdade criativa de Chaplin

Coletânea de curtas, que chega às bancas neste domingo, reúne trilogia de filmes do humorista concebidos em estúdio próprio

DE SÃO PAULO

Em 1918, Charles Chaplin fundou o próprio estúdio, para que assim tivesse mais liberdade de produzir seus filmes e pudesse rodar tantas e quantas cenas quisesse. Sua disciplina e seu perfeccionismo teriam endereço próprio.

Entre os primeiros frutos dessa aventura estão os três títulos reunidos em "Festival Carlitos", coletânea de curtas e sexto volume da Coleção Folha Charles Chaplin, que chega às bancas no domingo.

Os filmes, concebidos entre 1918 e 1923, mostram C arlitos às voltas com a marginalidade, com rígidas regras morais e com uma das maiores tragédias de seu tempo.

Em "Vida de Cachorro", o vagabundo encontra seu equivalente em um vira-lata que logo se transforma em seu fiel companheiro.

O cão, assim como Carlitos, luta para sobreviver. É a dura realidade que faz com que os dois se aproximem.

Em seguida, "Ombros, Armas!" retrata com humor os horrores da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e anuncia o Chaplin politizado das décadas seguintes.

É das trincheiras que Carlitos descobre a linha tênue entre a paz e a intolerância. O conflito lhe serviu mais tarde de inspiração para as cenas iniciais do célebre "O Grande Ditador" (1941).

Por último, em "Pastor de Almas" ele vive um fugitivo da lei que se disfarça de religioso e satiriza os hábitos da América profunda, marcada por costumes e ideologia conservadoras.

Os três filmes foram agrupados por Chaplin em 1959 para compor um único longa-metragem.

Em comum, possuem a liberdade estética do artista direcionada para um único objetivo: fazer rir sem ignorar as incoerências do mundo.

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folha.com/no1156730

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