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'Temos de seguir em frente', diz Taís Araújo

DE SÃO PAULO

Atriz há 17 anos, Taís Araújo, 33, fala da evolução do negro na TV. (APJ)

Folha - A TV tem aberto mais espaço para o negro?
*Taís Araújo - Sim e é uma conquista que vem da história do movimento negro. De atores como Ruth de Souza, Milton Gonçalves, Léa Garcia etc.

Também existe um interesse comercial?
Claro. Você ligava a TV e era uma enxurrada de pessoas que não pareciam conosco. A publicidade e a dramaturgia estão respeitando a classe C como consumidora, e o consumidor quer se ver mais.

Como vê a evolução do negro na teledramaturgia?
Conseguimos papéis importantes, mas existia o pudor do politicamente correto. Em 'A Favorita', o João Emanuel Carneiro rompeu com isso. Precisamos de liberdade artística.

Já sofreu preconceito?
Sim, na TV Manchete. Fiz teste para 'Tocaia Grandre', passei, mas antes de começar a gravar, o diretor me trocou de papel, porque 'ele não podia ser de uma negra. Era importante na história'. A personagem era uma baiana...

Como vê o plano de editais para produtores negros?
Temos poucos roteiristas e diretores negros. A classe C crescendo, vai estudar. A maioria é negra, daí podem vir escritores.

E ser a primeira protagonista negra em novela das 21h?
Quando acabou 'Viver a Vida', não queria mais ser primeira em nada. Cansei. É uma besteira, não é para comemorar. Temos de seguir em frente, trabalhar.

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