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"O Circo" celebra humor e multiplicidade de Chaplin

Último longa do ator feito antes dos filmes sonoros chega às bancas em 28/10

Obra, de 1928, é sétimo volume de coleção que reúne a obra completa do artista que mudou a história do cinema

DE SÃO PAULO

"O Circo" deu a Chaplin o primeiro prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, quando ele ainda nem se chamava Oscar, em 1929.

O filme foi contemplado, simbolicamente, por sua originalidade na atuação, produção e direção.

Último longa do artista britânico antes do advento do cinema sonoro, "O Circo", de 1928, é o sétimo volume da Coleção Folha Charles Chaplin e chega às bancas no próximo domingo, 28/10.

No filme, como sempre, o famoso vagabundo está onde não deve, culpado por crimes que não cometeu e entregue a amores impossíveis. Aqui, a proximidade entre o humor circense e o burlesco revela as origens do artista.

Chaplin não se esquivava do melodramático, mesmo que o simbolismo de seus filmes não se resumisse a isso. Em seu cinema havia lugar para o riso e o choro, para bondades sinceras e perversidades inomináveis.

Paradoxalmente, "O Circo" é o único filme de sua fase madura que Chaplin não menciona em sua autobiografia.

Não que houvesse problemas com o filme. A negação da própria obra dizia respeito às circunstâncias em que as filmagens se deram.

O longa coincide com seu divórcio da atriz Lita Grey, um dos mais ruidosos da década de 1920 em Hollywood. Durante o processo, os advogados da atriz ameaçaram arruinar a carreira de Chaplin e prejudicar a sua reputação.

Ele se viu obrigado a esconder os rolos de filme que já havia gravado, para tentar proteger a gravação do processo de partilha de bens.

Além disso, as filmagens foram repletas de contratempos. Antes das gravações, a lona do circo, cenário principal do filme, foi destruída por um vendaval. Na quarta semana, Chaplin descobriu falhas técnicas que inutilizavam o que já havia filmado.

No nono mês, um incêndio destruiu o estúdio, os cenários e parte dos equipamentos.

Apesar do caos, Chaplin fez de "O Circo" uma comédia de reconhecido valor estético. Suas cenas com leões foram filmadas sem dublês, referência simbólica a seu comprometimento com a arte.

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folha.com/no1156730

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