Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Volta de Cecília é alívio após década de brigas judiciais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A obra de Cecília Meireles (1901-1964) estava sem reedições desde 2009, quando teve fim o contrato entre a Nova Fronteira e a agência literária Solombra, de Alexandre Teixeira, neto da autora, que ainda representa Manuel Bandeira e Orígenes Lessa.

A ausência de Cecília se deve a uma disputa judicial de 12 anos envolvendo as filhas da poeta, Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda.

Maria Fernanda questionava as prestações de contas da agência, o que levou Maria Mathilde, mãe de Alexandre, a passar o controle de sua parte para Ricardo Strang, filho de Maria Elvira.

Com a morte de Elvira, sete anos depois, Strang passou a administrar dois terços dos direitos sobre a obra. Strang, mais tarde, entrou em acordo com o primo e, em dezembro de 2011, a Global foi a editora escolhida para relançar os livros da autora.

Dias após o anúncio, duas netas de Cecília -Fátima e Fernanda Dias- contestaram a validade do contrato fechado por Alexandre. O advogado delas, porém, diz que por ora não há risco de as obras serem retiradas do mercado.

O pacote prevê a publicação de títulos de Bandeira, Lessa e Cecília, incluindo manuscritos inéditos da poeta.

Durante cerca de três semanas, a Folha tentou, sem sucesso, contato com Alexandre.

Segundo Luiz Alves Junior, da Global, foi assinada uma carta de intenções que prevê multa em caso de desistência.

"O caso precisa ser resolvido na Justiça, mas, felizmente, a obra não corre o risco de sair de catálogo", diz Roberto Edward Halbouti, advogado de Maria Fernanda.

(DG)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.