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Chaplin capta tragédias e sonhos no clássico "Em Busca do Ouro"

Comédia, filmada em 1925, chega às bancas no próximo domingo

DE SÃO PAULO

"Em Busca do Ouro" é o filme pelo qual Chaplin disse que gostaria de ser lembrado.

Ali compôs uma fábula sobre a sobrevivência, filmada em 1925, que reconstitui a febre do ouro no Alasca, no final do século 19. O ator encarna um garimpeiro que enfrenta o frio e a fome para realizar o sonho de se tornar rico.

O filme é o oitavo volume da Coleção Folha Charles Chaplin e chega às bancas no próximo domingo, dia 4/11.

"Em Busca do Ouro" mostra a viagem de Carlitos para Klondike, no Canadá, formigueiro humano para onde milhares de homens partiam procurando o Eldorado.

Numa ida à cidade, ele se encanta por uma bela dançarina, sem perceber que não tem muitas chances com ela.

A comédia de aventuras, um dos maiores clássicos do cinema, traz cenas como a de Carlitos comendo o sapato e fazendo dois pãezinhos dançarem, duas das mais célebres imagens da obra do ator.

Chaplin, porém, tinha a preocupação de que seu cinema fosse um manifesto das incoerências de seu tempo e o sonho do homem em busca da riqueza ainda continua a inspirar diversos cineastas.

"Sua ironia é sutil, e parte de uma polifonia complexa de significados e emoções, que é a mistura mais difícil para um artista", escreveu a crítica na época do lançamento.

Para compensar a falta de som, Chaplin escolheu uma variedade de instrumentos para representar as muitas emoções do filme.

A singeleza de um piano representa a alma de Carlitos, uma guitarra elétrica representa os momentos em que a ganância mostra a sua face. Já ao público, Chaplin parece dedicar o calor simbólico dos acordes de um fagote.

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