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Prestes a lançar CD, Caetano será homenageado no Grammy Latino

Hits do baiano serão interpretados por artistas como Nelly Furtado, Natalie Cole e Maria Gadú

Cerimônia acontecerá em Las Vegas, em 14/11, véspera do prêmio; novo álbum, 'Abraçaço', deve sair no fim do mês

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Caetano Veloso lembra-se bem da única vez em que foi participar da premiação do Grammy Latino, nos EUA. Era setembro de 2001.

"Fui de Nova York a Los Angeles no dia 10 de setembro. Faríamos uma apresentação no dia seguinte, estava feliz da vida. Aí meteram os aviões no World Trade Center e não teve o evento."

O baiano volta a se envolver com o Grammy Latino, que o elegeu personalidade do ano e o homenageará em cerimônia, em 14 de novembro, em Las Vegas -um dia antes da entrega dos troféus da 13ª edição do prêmio.

Na noite dedicada a ele, seus sucessos serão interpretados por artistas como Nelly Furtado, Juan Luis Guerra, Natalie Cole, Juanes e mais os compatriotas Maria Gadú, Ivete Sangalo, Alexandre Pires e Seu Jorge.

Falando a jornalistas numa suíte de hotel no Leblon (Rio), Caetano diz gostar de festa de premiação quando está lá. "Você vê uma porção de gente da sua atividade."

Por outro lado, diz sentir "um pouco de preguiça por causa da viagem" e afirma nunca ter assistido ao Grammy, nem pela TV.

"Não gosto muito de prêmio. Quando tem muitas categorias, como o Grammy, fico perdido, termino esquecendo quem ganhou o quê."

Caetano não se lembra nem das próprias vitórias no evento -oito troféus na versão latina e dois na original. É perdoável: só o Latino distribui 47 troféus em 18 categorias, incluindo uma exclusiva para a música brasileira (com sete prêmios).

Neste ano, Caetano concorre a melhor álbum de MPB, álbum do ano e vídeo musical versão longa (pelo "Especial Ivete, Gil e Caetano"); gravação do ano (por "Atrás da Porta", do mesmo disco); e canção alternativa, por "Neguinho" (de "Recanto", CD de Gal Costa).

A premiação, em 15/11, será transmitida pelo canal TNT e terá, além de vários outros brasileiros concorrendo, apresentação de Michel Teló.

A escolha de Caetano como personalidade do ano (é o segundo brasileiro laureado, após Gilberto Gil) homenageia não só sua carreira mas a ligação com a música latina, cujo símbolo maior é o disco "Fina Estampa" (94), de canções de países como Argentina, Cuba e México.

"A canção de língua espanhola tinha presença massiva no Brasil quando eu era novo. Depois foi ficando menos presente."

NOVO CD

Aos jornalistas, falou brevemente sobre seu próximo disco, cujas gravações concluiu na semana passada -o lançamento está previsto para o fim de novembro.

Registrado com a banda Cê, que o acompanha desde "Cê" (2006), e produzido por seu filho Moreno Veloso, o álbum tem 11 faixas (dez dele e uma de Rogério Duarte) e vai se chamar "Abraçaço".

"Adoro essa palavra. Acabou aparecendo em uma das canções e coloquei como título. No caso de abraço, usar esse aumentativo dá um eco, parece que a pessoa errou na digitação, é bonito de ver."

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