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Faroeste caboclo

Folha visita filmagens de "Serra Pelada", superprodução brasileira de Heitor Dhalia com trama movida a tiros, ouro e sangue

Gabo Morales/Folhapress
A atriz Sophie Charlotte nas filmagens de "Serra Pelada", de Heitor Dhalia
A atriz Sophie Charlotte nas filmagens de "Serra Pelada", de Heitor Dhalia
RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

O sol castiga a rua de barro da vila de Serra Pelada.

Três cães vira-latas passeiam sem a menor preocupação. Não há ninguém para espantá-los da Barbearia Galante ou do Galpão dos Bamburrados, termo que batiza os mineradores mais abastados do garimpo.

Nem para expulsá-los do açougue. Parece estranho que os filés pendurados ali não atraiam os cães.

É que os animais, claro, sabem que nada daquilo é real.

Estamos no set de filmagens de "Serra Pelada", maior esperança do cinema brasileiro em ter um novo blockbuster de ação em 2013.

A cidade cenográfica, erguida em um terreno cedido por uma empresa de construção de aterros sanitários, é de um realismo chocante.

Mineradores sujos deitam em redes armadas em dezenas de barracas. Moscas disputam espaço com câmeras. Só faltam arbustos secos rodando ao vento para o clima de Velho Oeste ficar perfeito.

A produção quase se perdeu nesta busca pelo real. Com orçamento de R$ 10 milhões e direção de Heitor Dhalia ("À Deriva"), o longa seria rodado no interior do Pará.

A ideia era a de levantar a vila fictícia ao lado de uma ex-cava de mineração, perto da verdadeira Serra Pelada, maior garimpo a céu aberto do mundo nos anos 1980.

O cenário do filme, no entanto, acabou sendo erguido nos arredores de Paulínia, a 120 km de São Paulo.


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