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Foco

'Passaria com trator por cima', fala vencedor do 'Lar Doce Lar'

MILLOS KAISER COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cavalo foi dado, mas Touro Moreno viu os dentes e não gostou. "Tomei um nocaute. Queria uma academia de boxe, não uma casa", diz à Folha o pai de Esquiva e Yamaguchi Falcão, medalhistas olímpicos no boxe, sobre a casa que ganhou no quadro "Lar Doce Lar", do programa "Caldeirão do Huck" (Globo).

"O pior foi que a construíram justamente no terreno que eu levei anos para comprar, onde planejava erguer a academia, meu verdadeiro sonho. Investi mais de R$ 18 mil ali", acrescentou o ainda lutador de 75 anos.

Deusa, uma de suas filhas, conta que "tirando a felicidade das crianças, a situação está a mesma, talvez até pior".

"A conta de luz pulou de R$ 25 para R$ 580. Temos que fazer vaquinha com os vizinhos para pagar", conta Deusa, que mora em Jacaraípe (ES).

Moreno diz que tentou conversar com Luciano Huck, "mas que é mais fácil falar com o papa". "Se eu tivesse dinheiro, passava com um trator em cima da casa. Já morei até em prostíbulo! Nosso barraco estava ótimo. O que preciso é de uma academia para treinar os jovens, deixar um legado", completa.

Apesar das reclamações, a família elogia a equipe do "Caldeirão" e agradece o gesto.

Por meio de sua assessoria, Huck disse "ser fã da família Falcão". "Quanto à casa, fizemos aquilo com que nos comprometemos: se a família vencesse a prova, reformaríamos a casa, e foi o que fizemos. O ringue e todos os equipamentos doados foram um tempero a mais. Se eles querem uma academia, podem se inscrever no 'Mandando Bem', nosso quadro de fomento ao empreendedorismo. Quem sabe..."

MEDO E INFILTRAÇÃO

O "Lar Doce Lar", criado em 2006, construiu ou reformou 60 lares. Quem assina os projetos é o arquiteto Marcelo Rosenbaum.

Moreno não é o único vencedor a fazer queixas. O professor de caratê João Bernardino lida com vazamentos.

"Descobri que as telhas não foram bem encaixadas. Sempre que chove, o forro molha todo", conta. "Fora isso, não poderia estar mais feliz."


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