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Diretor faz filme clandestino na Disney

Em 'Escape from Tomorrow', do estreante Randy Moore, Epcot Center é implodido e protagonista é seduzido por bruxa

Longa é um dos mais comentados do Festival Sundance, e diretor diz acreditar que vai ser processado por empresa

FERNANDA EZABELLA ENVIADA ESPECIAL A PARK CITY (EUA)

Mickey Mouse dá tchauzinho, a família tira foto do castelo da Cinderela, e o pai leva o filho na montanha russa Space Mountain.

Não é um comercial da Disney, tampouco um vídeo caseiro de turista. Caso contrário, o Epcot Center não seria implodido e uma bruxa má não seduziria o protagonista da história que, por sua vez, está de olho em duas francesinhas menores de idade.

Bem-vindos ao mundo de "Escape from Tomorrow", o longa-metragem mais comentado desta edição de Sundance e que provavelmente nunca verá a luz do dia em cinemas comerciais.

O trabalho levou três anos para ficar pronto, com filmagens clandestinas dentro dos parques da Disney em Orlando (Flórida) e Anaheim (Califórnia).

A empresa não se pronunciou, e seu próprio diretor, o estreante Randy Moore, acredita que é apenas questão de tempo para ser processado.

Apesar de feito no estilo guerrilha, o resultado é um filme em preto e branco bem tradicional, sem deixar transparecer as dificuldades.

ALUCINATÓRIO

A história é obscura e um pouco confusa, sobre um casal e seus dois filhos pequenos em seu último dia de férias no parque. Pela manhã, o pai recebe um telefonema e perde seu emprego, dando início a uma série de eventos alucinatórios.

"Queríamos dar um clima clássico, por isso fizemos em preto e branco. Imagens assim são tão raras, estes lugares ficam tão diferentes", contou Moore, 36, que gastou US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões) na empreitada.

"Foi difícil não tremer com câmeras tão pequenas."

O diretor visitou os parques cerca de oito vezes para examinar cada "locação". "Não teve improviso, sabíamos exatamente onde colocar cada câmera e em qual momento", explicou. "Dava para levar câmeras e parecer turistas normais."

Ele disse que a ideia surgiu pequena, mas que acabou ficando obcecado. "No começo, eram apenas meus amigos, mas eles não eram bons atores. Então escalei atores de verdade e a coisa foi crescendo e crescendo. Até que chegamos a um ponto que não tinha mais volta."


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