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Série relembra época industrial das pornochanchadas em SP

Cineastas da Boca do Lixo faziam cinema sem incentivo

GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO

Entre a rua dos Gusmões e a rua do Triunfo, nos arredores da Estação da Luz, dispunham-se lado a lado com a prostituição as principais produtoras dos anos 60, 70 e 80.

Na sexta-feira, o Canal Brasil exibe o primeiro episódio de "Boca do Lixo ", com entrevistas que relembram a produção de pornochanchadas em ritmo industrial no centro paulistano.

Financiamentos, roteiros e parcerias eram acertados nas mesas do lendário bar Soberano, que juntava técnicos, cineastas e atrizes. Os filmes viviam submetidos à censura e à escassez de recursos.

"O grande mérito do cinema brasileiro é transformar a falta de condições em elemento de criação", sugere Carlos Reichenbach.

A série intercala depoimentos de uma geração que fazia cinema sem Lei Rouanet.

"O cinema era bem melhor quando os produtores tinham que tirar o dinheiro do bolso", defende David Cardoso.

O pecado do documentário é apostar no saudosismo, esquecendo-se de que a profissionalização e os avanços técnicos não fizeram tão mal ao cinema nacional.

NA TV

Boca do Lixo: A Bollywood Tropical

Estreia da série

QUANDO sexta, à 0h, no Canal Brasil

CLASSIFICAÇÃO 18 anos

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