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Crítica

'Tabu' de 2007 atesta imposição do nulo pela indústria

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Houve um tempo em que os títulos de filmes faziam-se respeitar. Quando a ideia era muito próxima, o distribuidor acrescentava ou suprimia um artigo: um "o" ou "uma", a mais ou a menos, serviam para fazer a diferença.
Quando, alguns anos atrás, alguém poderia pensar em profanar o título "Tabu", uma vez usado por F.W. Murnau?
Ok, Nagisa Oshima ousou, embora se possa dizer que no inglês o título de seu filme de 1999 era "Taboo". Mas isso é quase indiferente, pois de outra natureza é o insignificante "Tabu" (TC Pipoca, 17h35, 16 anos) de 2007, em que uma garota molestada pelo padrasto se refugia com o pai.
Pouco importa: o único significado é o aberto esforço da indústria para impor o nulo ao mesmo tempo em que profana o grande cinema.

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