Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Fiéis "tratam CD como se fosse Bíblia"

DE SÃO PAULO

Presidente da maior gravadora gospel do país, a MK Music, Yvelise de Oliveira, 60, critica grandes gravadoras que, agora, veem um "filão para explorar".

-

Folha - Por que o "mundo secular" despertou para o mercado gospel agora?

Yvelise - Porque o mercado deles não está bem. Sony, Som Livre... Acharam que nós somos um filão para explorar. Pegam nosso cantor e acabam [com ele], um horror.

Tinha cantora que vendia 1 milhão na MK. Na Som Livre, vende 70 mil.

Mas não é assim que funciona. Há uma linguagem própria. Vendemos nas Lojas Americanas, nas igrejas e também [levas] pequenas, de 20, 25 CDs.

Esse lado iconoclasta não colide com a fé evangélica?

Cantor tem que ser bonito porque imagem vende. Se não for, pelo menos tem que estar bem cuidado.

Minhas cantoras fazem dieta quando engordam, porque dou ataque.

Nunca achei que isso pudesse entrar em choque com minha igreja. Se são filhos de Deus, [artistas] têm que ser pessoas que mostram que são felizes.

O setor parece ir melhor na crise do que outros...

No período negro, superamos [as dificuldades] muito mais rápido que o restante [da indústria fonográfica]. É um mercado extremamente fiel. Tratam CD como se fosse Bíblia -e não deixa de ser Bíblia cantada. Tem pirataria, mas não como em outros meios. Diminuiu depois da campanha "Sou cristão, pirata, não". (AVB)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.