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Diário de Los Angeles

O MAPA DA CULTURA

O inventor do taco coreano

Ex-valentão, Roy Choi é o chef do momento

FERNANDA EZABELLA

No caldeirão cultural de Los Angeles, o chef do momento é Roy Choi. Transformado em rei das ruas com um premiado "food truck" [restaurante móvel] em 2008, ele agora pilota restaurantes "fixos" na cidade e lança uma autobiografia, "L.A. Son" (Ed. Ecco, US$ 30, cerca de R$ 69), na qual descreve sua montanha-russa pessoal desde que aqui chegou, aos dois anos, vindo da Coreia do Sul.

O livro é o primeiro do selo de Anthony Bourdain, o chef rebelde que virou apresentador de TV e autor de sucesso. Choi também tem ou teve sua dose de rebeldia e escreve sobre como se envolveu com crack, viciou-se em jogatina e integrou uma gangue na adolescência.

Ao final, era sempre salvo pela família e por banquetes de bibimbap e dumplings. Na última intervenção, a mãe o mandou para uma escola de culinária e, desde então, Choi aposentou-se dos becos.

A grande sacada veio aos 38 anos. Com ajuda de um amigo, inventou o "taco coreano" (tortillas com churrasco e temperos coreanos) e outras misturas (kimchi quesadilla e burrito de tofu) para vender na sua lanchonete-caminhão Kogi, hoje uma cadeia de quatro veículos.

"O taco é puro L.A. num prato", diz Choi, hoje aos 43. "É Koreatown com Melrose com Alvarado com Venice com Crenshaw, todos misturados e embrulhados como um presente."

O taco coreano se espalhou pelo país e fez a fama de Choi, o primeiro operador de "food truck" a figurar entre os "melhores novos chefs" da revista "Food and Wine", em 2010.

Foi nesse ano que ele começou a se assentar. Abriu o restaurante Chego, especializado em tigelas de arroz com diferentes acompanhamentos, e depois as casas Alibi Room, Sunny Spot e A-Frame.

Aos brasileiros com pouco tempo na cidade, ele recomenda o prato "crackling beer can chicken", do A-Frame, em Culver City. "É minha versão do frango frito num ambiente cheio de amor e com hospitalidade e humor genuinamente L.A", propagandeia.

PORTAS ABERTAS

Neste mês, Jim Morrison (1943-71) completaria 70 anos. Para comemorar o aniversário do vocalista do The Doors, o museu Lacma fará no dia 5 (às 19h30) uma exibição especial do documentário "Mr. Mojo Risin': The Story of L.A. Woman" (2012), sobre os bastidores da criação do sexto disco da banda.

O guitarrista Robby Krieger e o baterista John Densmore, os sobreviventes do grupo, estarão lá, numa rara aparição juntos, para discutir o legado da banda.

Krieger e Densmore, que trocaram farpas e processos durante anos após o fim do The Doors, voltaram a se falar neste ano, depois da morte do tecladista Ray Manzarek, em maio. Em entrevistas, os dois anunciaram um show tributo ao colega, em 2014.

MULHERES DE AVEDON

Marilyn Monroe, Twiggy e Gisele Bündchen são algumas das muitas beldades capturadas pelas câmeras de Richard Avedon (1923""2004) e reunidas na Gagosian Gallery, em Beverly Hills, até o dia 21.

São mais de cem retratos selecionados de quase seis décadas de carreira de um dos fotógrafos americanos mais influentes do século 20. Bündchen aparece num registro de 2000, enquanto Monroe surge numa série de 1957.

Diversos clássicos da fotografia estão pendurados na galeria, a exemplo da imagem da atriz Nastassja Kinski deitada com uma cobra (1981) e a da modelo Dovima (1927-90) com um elegante vestido branco Dior, à frente de três elefantes, num circo, em 1955.

Além de fotos marcantes do universo da moda, a mostra reúne exemplos de fotorreportagens, como os registros de um baile de debutantes afro-americanas em Nova Orleans, nos anos 60.

DINOSSAUROS E VACAS

Cocô de vaca e Charles Chaplin (1889-1977) estamparam pôsteres para divulgar a nova exposição permanente do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, chamada "Becoming L.A." (virando L.A.).

São 250 objetos selecionados para contar a história da cidade. Há, por exemplo, um figurino de Carlitos, doado por Chaplin ao museu, que explica como a indústria do cinema veio parar na Costa Oeste para aproveitar cenários ensolarados e terrenos baratos.

E há também uma vaca empalhada, como exemplo do gado que ajudou a fertilizar os pastos dourados da região. A mostra é parte da reforma de US$ 135 milhões (R$ 310 milhões) feita por ocasião do centenário do museu e que trouxe alegria para os três Tyranossaurus rex da ala dos dinossauros.


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